Você trabalha com quais Geotecnologias? As metodologias para o desenvolvimento de aplicações espaciais utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG), logicamente, variam de acordo com vários critérios afim de se ajustar a cada caso concreto. Entretanto, há algumas dicas que sempre podem ser seguidas ao trabalharmos com projetos deste nicho afim de contribuir para otimização das atividades.
1. BOM PLANEJAMENTO
Não é apenas uma questão de se fazer um planejamento superficial, mas sim algo mais elaborado, realmente bem feito considerando inclusive os possíveis imprevistos. Para entender melhor o exemplo que será mencionado a seguir, é interessante que leia a seguinte série de artigos:
Para ilustrar a importância do bom planejamento pense na etapa de coleta de dados, esta é uma das mais custosas no processo de desenvolvimento de uma aplicação GIS (Geographic Information System). Imagine então o que pode ocorrer se houver idas desnecessárias à campo, que implicam em despesas que podem envolver combustível, alimentação, hospedagem, etc. Estes gastos podem ser otimizados se houver o planejamento adequado.
2. EQUIPE QUALIFICADA
Nesse ponto o que conta não é a quantidade de membros da equipe, mas sim a qualidade. Não se pode esperar o desenvolvimento de uma boa solução geoespaciais se os envolvidos nisso são apenas usuários de softwares de forma mecânica, que não detém conhecimento técnico de suas atividades, independente do tipo de programa que utlizem.
O grupo de profissionais em projetos de Geoprocessamento é, em geral, multidisciplinar, o que deve ser muito bem explorado pelo responsável pelo gestor da equipe. Igualmente importante é que todos os membros da equipe estejam motivados e comprometidos com o projeto.
3. PLATAFORMAS ADEQUADAS
Quando falamos aqui em plataformas adequadas estamos tratando de computadores, softwares e hardwares em geral. Caso em seu projeto se trabalhe, por exemplo, com o tratamento digital de imagens de satélite que ocupem um significativo espaço em disco, não é viável se utilizar um computador que não tenha disponível uma memória RAM suficiente para esse tipo de operação e boa capacidade de processamento.
Hardwares defeituosos, muito antigos e que já deveriam ter sido aposentados também podem causar problemas. Já na questão de programas computacionais, é sempre bom, antes do projeto, verificar quais se adequam melhor ao seu caso específico. Nem sempre escolher um software para Geoprocessamento é uma tarefa simples. Por isso, sempre é bom assegurar, dentro do que é possível, as plataformas adequadas em todos os sentidos.
4. DADOS DE QUALIDADE
Neste ponto aplica-se bem a máxima que diz “entra lixo, sai lixo”. Se trabalhamos com dados (geográficos ou não) de baixa ou com nenhuma qualidade com certeza nosso produto final poderá ter sua confiabilidade seriamente questionada. Infelizmente, ainda é comum até mesmo grandes instituções utilizarem e disponibilizarem dados que deveriam ser referência nessa questão, mas que na realidade estão cheio de erros, muitas vezes bastante grosseiros.
Há também a questão das diferenças entre bases cartográficas oficiais, que deve ser levada em conta. Sobre a qualidade de dados geográficos, recomendo a leitura do material disponível para download no link abaixo:
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Qualidade de Dados Geoespaciais
Este trabalho acima citado, foi publicado há alguns anos por Eliseu Weber, Roni Anzolch, Jugurta Lisboa Filho, Andréia Casto Costa e Cirano Iochpe. Recomendo fortemente sua leitura, pois nele há interessantes comentários sobre o uso de metadados geográficos e fatores que contribuem para sua qualidade, tais como a acurácia, consistência lógica, precisão e erro.
COMO DESENVOLVER UM SIG
Os comentários nessa matéria não são, nem visam ser, regras ou uma metodologia ideal, na verdade são pontos lógicos, mas que não custam ser lembrados por todos nós. O que acharam destes fatores levantados? Você acrescentaria alguma dica a esta lista? Comentem sobre sua opinião e experiência nesse assunto.
Leiam também os seguintes textos:
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Acervo de Publicações da Profa. Arlete Meneguette
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Agricultura Familiar e Softwares Livres de Geoprocessamento
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Precisão Posicional e Aplicações das Imagens do Google Earth
4 respostas
Parabéns pela matéria e pelo blog. Para mim que sou nenem nessa area o site se tornou um ótimo guia. Gostaria de saber a sua opinião sobre realizar um curso de especialização em geotecnologias. Sou bióloga e mestranda em ciências ambientais e sou interessa nesse curso. Vc acha que o mercado de trabalho é interessante? Agradeço as possíveis orientações. Abraços. Amia.
Amia, como vai?
Agradeço por seu elogio.
Recomendo que verifique a grade do curso e sua carga horária. Veja também a situação do curso e instituição junto ao MEC. Um curso de qualidade nesta área, pode ser realmente um diferencial.
Abraço!
Parabéns pela postagem.
Achei fantástica a forma como você conseguiu apontar pontos lógicos obvios.
Prezado George,
Agradeço por seu comentário.
Desejo sucesso para você em seus projetos.
Um abraço!